A noite da última quinta-feira, no Fashion Rio, foi marcada por desfiles de marcas consagradas, pela maratona Moda Hype (para estilistas emergentes) e por muitos flashes.
Auslander . Foto: Fashion Rio/Divulgação |
O desfile seguinte teve ventos uivantes, frio polar (feito com gelo seco) e ainda Izabel Goularte Isabeli Fontana no casting. A Espaço Fashion montou a cenografia ideal para uma coleção que teve estampas como se fossem manchas de pincéis, vestidos e casacos. Teve também a mistura de tecidos finos e tricô, amarrações, vestidos que parecem uma reunião de recorte de tecidos. Na paleta de cores, preto, branco, bege, azul e rosa.
A Ausländer veio em seguida, retratando personagens de um blog de moda. "A gente quer mostrar que sabe fazer mais que camisetas engraçadas", contou o estilista Ricardo Bräutigam. As t-shirts ainda estavam na coleção, mas calças de comprimento mais curto, paletós dos meninos sendo usados pelas meninas e moletons deram o toque da coleção, que tem ar de aristocrático e militar, com detalhes em dourado e muito xadrez.
Elisa Chanan veio em seguida, com punk, rock e esporte, marca registrada da grife. Os modelitos foram de neoprene aveludado, jacquard, tule, geogertte, crepe, musseline. O preto foi predominante, mas o vermelho também estava lá. Silhuetas skins e volumosas, cintura alta,colete e saruel, macacão e calças justíssimas foram usados na passarela.
A noite caiu na Marina da Glória e Juliana Jabour trouxe uma moda para ser usada depois das 18h (em Pernambuco), mas só depois das 20h, por aqui, quando o sol dá um trégua. Tricôs com canutilhos coloridos, jaquetas e casacões anos 80, babados, cintura marcada por cintos fininhos, pregas e plissados, alfaiataria estruturada em neoprene e jeans escuro estão presentes na coleção.
Novatos - Para estilistas de todo país, a melhor oportunidade de ingressar no Fashion Rio é o Rio Moda Hype, evento que lança novas marcas a cada temporada. Agora, em sua 10ª edição, foram 295 inscritos e doze escolhidos para apresentar suas criações. No primeiro desfile dos novos talentos, realizado na última quinta, estiveram na passarela as marcas Fernanda Yamamoto, Martins Paulo, Alisson Rodrigues, Julia Valle, Renata Veras e Frame.
Fernanda Yamamoto buscou referências no esporte. De moletom, malha camurça, lycra, tweed e lã, as roupas tinham formas soltas,bermudas largas, vestidos assimétricos nas cores branco, azul, verde, lilás, cinza e marinho. Já Martins Paulo, do Piauí, foi até a literatura. Das páginas de Clarice Lispector saíram peças coloridas, basicamente em algodão, com formas geométricas. Coletes, bermudas xadrez, camisa de listras, laços e golas estruturadas, vestidos. Logo em seguida, Alisson Rodrigues trouxe a estética da urbanidade. Usou até a plaquinha de "Pare" nas roupas de cor preta, amarela e vermelha. Teve macacão jeans, casacos, calças saruel ou justíssimas para os homens.
Julia Valle, de Minas Gerais, partiu de uma modelagem conseguida através de um programa de computador, que cria deformações. Em um dos vestidos pretos, por exemplo, os botões dispostos na parte da frente vieram em diagonal; uma manga era curta e a outra longa. Recortes nas peças, pregas, volumes e grafismos puderam ser vistos em linho, jersey, seda e algodão. Também usando a tecnologia, só que da internet, a carioca Renata Veras pesquisou para montar sua coleção. A inspiração foi um movimento que faz recrutamento on-line para invadir áreas urbanas e transformá-las em jardins, o Guerrilla Gardening. Na passarela, cintura marcada, calças de couro, vestidos curtos, shorts e casacos.
As meninas da Frame, Lívia de Paula e Patrícia Briton, partiram das artes plásticas e de nomes como Marcel Duchamp para montar a coleção que teve saruel para os homens, vestidos e sobreposições.
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